Mais do que educar cachorros, o objetivo da Tudo de Cão é melhorar o relacionamento entre tutores e seus cães. Mas, como fazer isso se muitas pessoas não os entendem?
Se você acha que brigar com seu cachorro quando ele destrói o sofá, ou pedir para que ele não faça xixi na cama, realmente funciona, essa série é para você. A ideia dessa série “Como os cães aprendem” é mostrar para os tutores como os cães pensam, para que eles entendam o que de fato funciona, e o que, na verdade, só está prejudicando a relação.
Antes de tudo, vamos falar sobre a Lei do Efeito, que é a base do que chamamos de condicionamento operante. Apesar dos nomes, a ideia é bem simples, e provavelmente também é presente na sua vida de várias formas: as consequências “boas” aumentam o comportamento, e as consequências “ruins” diminuem o comportamento.
Como assim?
Quando eu era pequena, sempre que eu tirava um 10 no boletim, ganhava 10 reais. Por outro lado, se eu tirasse uma nota abaixo de 7, levava uma baita bronca. Dessa forma, eu fui condicionada a estudar mais, para tirar notas boas, e evitar as notas ruins.
Assim, controlando as consequências, a gente já consegue modificar um comportamento. Porém, isso não é tão intuitivo. Normalmente, as pessoas pensam mais no antecedente, ou seja, ficam se perguntando o que deveriam fazer para conseguir o comportamento. Sendo que o mais importante é moldar o que acontece depois desse comportamento.
Quer dizer, não importava tanto a forma como meus pais me colocassem pra estudar, ou se estipulassem regras para o meu estudo. O mais importante era me mostrar que eu ganhava coisas boas se tirasse boas notas.
A diferença, entre os cães e a gente, é entender o que é uma consequência boa para o cão, e o que é uma consequência ruim. É aí que a gente se diferencia deles, e onde precisamos ter atenção para entendermos como eles pensam. Para mim, ganhar 10 reais era algo ótimo e levar uma bronca era algo horrível, e meus pais sabiam muito bem disso.
Quer saber mais? Aproveita e dá uma olhada na parte 2 desse assunto!
No próximo post, vamos falar sobre as consequências boas na vida dos cães, ou seja, os reforços.
Abraços, e até lá,
Fernanda Guillen.